O tempo médio de uso de telas é de 9 horas por dia, mas isso não nos incomoda: "Na verdade, é até bom".
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Estamos todos viciados em nossos smartphones e nosso tempo de uso de telas está disparando. Os holandeses passam, em média, quase nove horas por dia em frente a uma tela de celular e/ou computador. Mas a maioria das pessoas não está nem um pouco insatisfeita com isso.
Isso fica evidente em uma nova pesquisa da Media Literacy Network, no contexto do tema "uso saudável de telas" da Semana da Alfabetização Midiática.
Mais de 80% avaliam positivamente o tempo que passam em frente às telas e o classificam como satisfatório (com uma média de 7). Para a maioria dos holandeses, a mídia digital se tornou parte integrante da vida diária, proporcionando "relaxamento, praticidade e conexão". "Adoro tudo o que posso fazer com o celular. Acho mais fácil enviar uma mensagem do que ter que ver as pessoas o tempo todo", disse uma mulher de 42 anos na pesquisa, por exemplo. Um especialista também já havia enfatizado que o celular não é totalmente ruim , apesar dos malefícios do uso excessivo de telas.
Existem diferenças significativas entre os grupos etários. Os baby boomers são os mais satisfeitos: 93% dos entrevistados classificam o uso de telas como satisfatório e sentem-se mais no controle de sua vida digital. Os jovens são mais propensos a estarem insatisfeitos com o uso de telas, a sentirem-se menos no controle e a sofrerem maior pressão do ambiente para estarem sempre disponíveis. Eles vivenciam mais emoções negativas relacionadas ao uso de telas, como estresse, impotência e aumento da pressão social.
Já foi comprovado que o uso de telas tem consequências negativas significativas para os jovens. Eles podem ficar presos em um ciclo vicioso de uso do celular, sono ruim e problemas de saúde mental. A luz azul das telas engana nosso organismo, fazendo-o pensar que ainda é dia, dificultando o adormecer .
Sessenta por cento dos holandeses consideram o tempo gasto em frente às telas viciante. Outros 60% usam telas para escapar da realidade, e metade as utiliza principalmente por hábito ou tédio. "Eu sento um pouco sem fazer nada, pego meu celular e, de repente, já se passou mais meia hora. Isso acontece comigo com muita frequência", concorda um jovem de 17 anos.
Os jovens, em particular, são mais propensos a se verem navegando indefinidamente nas redes sociais ou sentindo a necessidade de estarem sempre online. "As gerações mais velhas parecem estar controlando seu tempo de tela de forma mais consciente", afirma a Dra. Nastasia Griffioen, pesquisadora e coordenadora do Centro de Especialização em Digitalização e Bem-Estar.
Segundo ela, o uso de telas pode se tornar, sem que percebamos, um padrão difícil de quebrar. "Recorremos às telas para relaxar, nos conectar ou por hábito, mas muitas vezes só percebemos o que elas nos causam quando nos afastamos: ansiedade, tédio ou a vontade de voltar a ficar online."
A maioria dos holandeses, 80% dos entrevistados, está aberta a um uso mais consciente das telas. Quanto mais jovens, maior a disposição para limitar o tempo gasto em frente às telas. Por exemplo, a Geração Z é mais propensa a definir limites de tempo para aplicativos, considerar fazer uma pausa nas redes sociais, discutir maneiras de gerenciar o tempo de tela de forma mais consciente e usar a opção de configurar seus celulares para escala de cinza para reduzir distrações. Os millennials são mais propensos a dizer que já excluíram contas, enquanto os baby boomers são mais propensos a optar por períodos fixos sem telas. E 18% dos holandeses têm zonas ou regras claras para evitar telas em casa.
Mary Berkhout, diretora de programas da Media Literacy Network: “Ao fazer pequenas escolhas inteligentes – como uma mesa de jantar sem telas, colocar o celular fora do quarto ou desligar o som por um tempo – você cria mais paz e equilíbrio.”
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